Prezado
Jornalista, bom dia.
Faz quase
dez anos que te enviei um documento, que foi denominado de “Lula, Mandela e o
Manezinho, que ocupou várias laudas do teu nobre espaço no DC.
Nele dizia
eu que Lula era um sindicalista, sem predicados diferenciados, com pendor
socialista ou com apego ao sindicalismo de resultado; Mandela, tornou-se , por
inteiro, com sacrifício e abnegação pessoal
e familiar e mercê de uma personalidade superior, um dos mais notáveis
estadistas do século XX; Segundo minha avaliação da época era um destacado
jornalista, com elevado saber mercê de esforço e dedicação crescimento pessoal, de excelente ambiente(caldo de cultura) – notadamente o pertencimento
ao grande jornal O Estado, cuja equipe marcou época no jornalismo sulino, e , não menos importante, pela incorporação
da saliente tradição familiar.
Preocupava-me
com os efeitos deletérios da ascensão de
Lula, na política nacional, pelo seu despreparado, e aversão e dissintonia com os ditames do
capitalismo global e descentralizado, que se prenunciava no cenário mundial.
Centrava minhas inquietudes nos riscos que o traçado de políticas equivocadas
e extemporâneas pudessem causar para o nosso futuro e em especial de nossos filhos e netos.
Minhas
predições infelizmente tornaram-se uma realidade cruel e desesperadora,
sintetizadas pela geração de depressão aguda, orgia administrativa, corrupção profunda
e generalizada, anomia- descontrole da gestão pública, crescimento de grupos
parasitários de poder, perda total de
esperança de um futuro alvissareiro.
Algo
inusitado e imprevisível foi a revelação de um caráter ambíguo, com traços de
autoritarismo não republicano e de usufruir de benesses no exercício do poder.
Lula, seus assessores mais próximos e
até membros da família estão envoltos em
quase todos os grandes escândalos nacionais- Mensalão, Petrolão, Acarfão, entre outros.
Não bastasse
a sujeição a um quadro econômico,
financeiro, político e moral desesperado , de repente ficou evidenciada incapacidade do Governo controlar a propagação do vetor causador da
enfermidade ZICA.
Nesta semana
captei novos fatos, ocorrências e manifestações estarrecedoras :
- um alto prócer das OAB manifestou-se
publicamente pela condenação do presidente da Câmara Federal e, sem mais, nem
menos, defendeu a permanência de Dilma no poder, desconsiderando o processo de
impedimento em curso;
-um membro de um conselho de justiça impediu, mediante
emissão de uma liminar exasperante, a
realização das oitivas de Lula e de sua senhora, num dos casos de propriedades indicativamente colocadas
em nome de laranjas, o que o tornou ,temporariamente,
inimputável, ou seja acima da Lei e da Justiça.
- Não
obstante, nas imediações do fórum designado para tal feito, explodiu perigoso confronto entre as tropas
petistas- sindicalistas pro LULA- CUT,
MST, estudantes de esquerda, todos contrários a aplicação das normas
constitucionais e desejosos de evitar o
império da Lei, contra grupo de apoiadores
da busca da verdade.
Considero
este confronto uma pequena amostra de potenciais desdobramentos futuros, pois há riscos de
mobilização das ditas forças paramilitares petistas sindicalistas, que se mostram arredias a aplicação da Lei e ordem constitucional e são financiadas
pelo erário público. Se o pior vier a ocorrer,
os fora da Lei deverão ser coibidos pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas. Ou seja, pode-se chegar ao
pináculo de uma situação insustentável capaz de gerar focos crescentes de uma guerra civil,
diante da não aceitação pelos governistas da aplicação da Lei, na vã tentativa de se manterem
no poder, para aproveitarem as prebenda
criminosos e a perda da liberdade.
Simultaneamente
de se exacerbar os choques entre os
poderes da República, pondo também em risco a ordem constitucional.
Por último,
mas não menos grave e chocante, assinalo
a perplexidade diante da inusitada e anticonstitucional defesa pública e oficial feita, pela presidente, as judiciosas acusações
ao ex-presidente Lula-- seu mentor -
em inequívoca afronta contra o
Poder Judiciário e todo aparato que protege nossos direitos constitucionais.